domingo, novembro 25, 2012

"MEDITACAO P/ CASAIS LEIAM ESTA MENSAGEM.



Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia do matrimônio.
O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:
“Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã, minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e, quase se arrastando, a levou até a caminhonete.
Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou!

Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:
- Meus filhos, foram 55 bons anos… Ninguém pode falar do amor verdadeiro, se não tem ideia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.

Ele fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, e perdoamos nossos erros… Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por quê? Porque ela se foi antes de mim, e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto, que não gostaria que sofresse assim.

Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: “Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.”

E por fim, o professor concluiu: “Naquele dia, entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.”

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar, pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

“Quem caminha sozinho, pode até chegar mais rápido. Mas aquele que vai acompanhado, com certeza, chegará mais longe, e terá a indescritível alegria de compartilhar alegria… alegria esta, que a solidão nega a todos que a possuem”.

"HUMILIACAO,REVOLTA E FE."

"NAO TINHAO NADA A PERDER POR ISSO FORAM ESCOLHIDOS POR DEUS.

Não se trata de barganha, troca ou negócio. Muito menos de sorte.
A fé que ferve, ferve porque depende do Altíssimo.
Gideão foi um exemplo disso.
Sua escolha não se deu porque era um herói de guerra. Muito menos porque possuía armas militares ou talentos especiais.
Gideão e seus trezentos valentes só tinham humilhação, revolta e fé.
A humilhação acendia a revolta, e a revolta se misturava com a certeza.
Certeza de que o Deus de Abraão era o Deus Vivo.
Certeza de que Ele fez no passado, faz no presente e fará no futuro.
Por isso, não era aceitável aquela situação de calamidade.
Israel semeava, mas, na hora da colheita, seus inimigos se juntavam como gafanhotos e destruíam tudo. Não deixavam nada na terra.
Humilhação, ódio e fé eram as vestimentas de Gideão e seus valentes.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas…” 2 Coríntios 10.4

Não tinham nada a perder.
Razão pela qual foram escolhidos a dedo por Deus.
O fundo do poço tem suas vantagens. Não deixa outra opção, senão depender da solução do Alto e gritar bem forte.
Essa é a fé da Fogueira Santa de Israel.
Iremos ao mesmo Vale onde estavam todos os inimigos de Israel.

“...cobriam o vale como gafanhotos em multidão; e eram os seus camelos em multidão inumerável como a areia que há na praia do mar.” Juízes 7.12

Apesar de numerosos e poderosos, aqueles inimigos também eram inimigos de Deus. Essa era a vantagem de Gideão.
Não importa o quão numerosos e poderosos são os nossos inimigos, eles também são inimigos do nosso Deus, o Senhor Jesus Cristo.
Da mesma forma como Gideão cercou seu arraial, no mesmo lugar e com as mesmas armas iremos enfrentá-los.

“Então, repartiu os trezentos homens em três companhias e deu-lhes, a cada um nas suas mãos, trombetas e cântaros vazios, com tochas neles.” Juízes 7.16

Tocaremos as trombetas - clamor da humilhação -, quebraremos os cântaros vazios com tochas neles e manifestaremos a revolta acesa com a fé viva nas promessas do Espírito de Deus.

Os trezentos exclamaram: espada pelo Senhor e por Gideão!
Nós também exclamaremos naquele mesmo lugar: espada pelo Senhor e pela IURD!

“Ao soar das trezentas trombetas, o SENHOR tornou a espada de um contra o outro…” Juízes 7.22

Também, ao soar das trombetas dos bispos e pastores da IURD do mundo inteiro naquele Vale, o ESPÍRITO DO SENHOR fará com que as armas dos nossos inimigos tornem-se contra si mesmos. E traremos a vitória em o Nome de nosso Senhor Jesus Cristo!

"CANSEI,QUERO MUDAR......




A Primeira do jeito dele: Religiosamente (normal, tradicional, sem esforço...)

“Rogo-te que daqui não te apartes até que eu volte, e traga a minha oferta, e a deponha perante ti. Respondeu ele: Esperarei até que voltes.
Entrou Gideão e preparou um cabrito e bolos asmos de um efa de farinha; a carne pôs num cesto, e o caldo, numa panela; e trouxe-lho até debaixo do carvalho e lho apresentou.
Porém o Anjo de Deus lhe disse: Toma a carne e os bolos asmos, põe-nos sobre esta penha e derrama-lhes por cima o caldo. E assim o fez.
Estendeu o Anjo do SENHOR a ponta do cajado que trazia na mão e tocou a carne e os bolos asmos; então, subiu fogo da penha e consumiu a carne e os bolos; e o Anjo do SENHOR desapareceu de sua presença.” Juízes 6.18-21

A Segunda do jeito de Deus: Sacrificialmente (fé-inteligente, revoltados, desafio, dependência total...)

“Naquela mesma noite, lhe disse o SENHOR: Toma um boi que pertence a teu pai, a saber, o segundo boi de sete anos, e derriba o altar de Baal que é de teu pai, e corta o poste-ídolo que está junto ao altar.
Edifica ao SENHOR, teu Deus, um altar no cimo deste baluarte, em camadas de pedra, e toma o segundo boi, e o oferecerás em holocausto com a lenha do poste-ídolo que vieres a cortar.
Então, Gideão tomou dez homens dentre os seus servos e fez como o SENHOR lhe dissera; temendo ele, porém, a casa de seu pai e os homens daquela cidade, não o fez de dia, mas de noite.” Juízes 6.25-27

Somente quando ele OBEDECEU e fez do jeito de Deus, é que tudo mudou. Infelizmente, quantas não são as pessoas que já participaram da Fogueira Santa, mas do JEITO delas 'Religiosamente' e não do JEITO de Deus 'Sacrificialmente'?

E é por isso que o milagre, transformação, ainda não aconteceu.

Elas vivem gastando suas forças tentando resolver o problema e realizar o seu sonho, mas não resolve. Como no passado, o povo gastou forças para construir covas, cavernas e fortificações nas montanhas, em vez de investir todas as suas forças para subir a montanha-Altar e sacrificar do jeito de Deus e resolver logo as suas vidas. Seja na resolução de um problema impossível ou na realização do seu sonho.

SEJA VC A MUDANCA,QUE VC QUER NOS OUTROS.

sexta-feira, novembro 16, 2012

“SE TU ESTIVESSES AQUI...” PARTE 2


“SE TU ESTIVESSES AQUI...” PARTE 2




“Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” Jo 11:3,4.



Certamente que a demora de Jesus causou indignação por parte de alguns que sabiam o quanto àquela família O amava.
É óbvio que quando questionamos quanto à forma de Deus agir, demonstramos nossa desconfiança se Ele pode agir quando tudo parece estar acabado.
É preciso calma, muito calma queridos! Jesus não usa relógio, pois “de eternidade a eternidade Ele é Deus”. Ele é atemporal. Ele não transita em "cronos", pois tem prazer que experimentemos o "kairós". O "kairós" por sua vez é extemporâneo, pois revela o elemento metafísico, o sobrenatural, o imprevisível, a surpresa agradável de Deus quando tudo parece irreversível.
O milagre, alvo de nossa reflexão, revela-nos, antes de mais nada, o poder de Cristo sobre a morte. Isso está explícito em suas palavras à Marta: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” Jo 11:25,26. O que, na prática, viria acontecer logo em seguida quando Lázaro volta à vida, ante à ordem de Cristo.
Em linguagem figurada, a ressurreição de Lázaro também pode ser vista como ao que Cristo realiza na vida de todos quantos estão mortos em seus delitos e pecados. O homem, ao ouvir o “vinde” de Cristo para vir a Ele, sai da morte para a vida espiritual. Não se pode olvidar o fato de que “(...) todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Rm 3:23.
A resposta de Deus ao pecado é taxativa. Nas palavras de João, o Batista, temos o seguinte: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” Jo 1:29.
Nas palavras do próprio Cristo, a resposta é: “Arrependei-vos e crede no evangelho” Mc 1:15.
Pedro, fragmento de pedra, foi enfático ao dizer à turba, no dia de Pentecoste, o que deveriam fazer para escapar da condenação do inferno: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” At 2:38.
Paulo, o apóstolo aos gentios, apresenta a solução para o problema do pecado ao afirmar que a palavra Cruz de Cristo é o meio pelo qual o homem pode ser salvo. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” 1 Co 1:18.
Ao estudarmos o texto do capítulo 11 do evangelho de João, descobrimos ser o último milagre registrado pelo apóstolo do amor. Segundo os historiadores, o milagre aconteceu uma semana antes da morte e ressurreição de Cristo. A ressurreição de Lázaro é quase uma prévia do que aconteceria com Cristo.
O que Jesus realizou na vida de Lázaro, transformou-se em uma mensagem prática do que Ele viveria, aproximadamente, uma semana mais tarde. Era preciso “decodificar” Suas palavras, quando Ele disse: “Eu sou a ressurreição e a vida...”. Parafraseando: “Eu estou acima do poder da morte, pois Eu sou o autor da vida. Eu sei como reverter a ação da morte, trazendo o morto à vida”.
Destaco, também, o fato de que João é o único evangelista dentre os quatro a relatar a ressurreição de Lázaro.
O milagre em si posicionava Jesus acima dos líderes religiosos de sua época, bem como de todos os tempos. Trazer um morto à vida estava acima da capacidade daquilo que um líder religioso podia fazer. Logo, a reação deles não poderia ser outra. Eles queriam que Jesus fosse morto, caso contrário Ele influenciaria todo mundo a segui-LO e eliminaria o poder e a liderança dos Fariseus.

UMA ESTRANHA RESPOSTA À MORTE
João 11:1-16
A morte de Lázaro ocorreu quando Jesus estava em Pereia. Esta cidade estava do outro lado do rio Jordão, portanto, um tanto quanto distante para chegar à Betânia rapidamente.
Pereia ficava perto do lugar onde João Batista ministrava (Jo 10:40-42). Era uma longa, quente e empoeirada caminhada até chegar onde Lázaro estava sepultado.
Mas, afinal, por que Jesus não atendeu ao chamado de Marta e Maria quando lhe trouxeram a notícia de que Lázaro estava mal?
O ser humano em seu afã de resolver os problemas por si mesmo, desconhece e desmerece o propósito de Deus em cada situação da vida.
E por desconhecer os desígnios de Deus, entra em desespero de causa; acha que não há solução para aquilo que não pode resolver. Esquecemos, todavia, que “para Deus tudo é possível”. E quando cremos em Jesus, em Suas palavras e em Seu poder, “tudo é possível ao que crer”.
Vejamos alguns pontos relevantes do milagre da ressurreição de Lázaro.

O PROPÓSITO DE JESUS: Jo 11:1-4.
Quando Jesus ouviu a notícia que seu amigo estava doente, sua resposta foi um tanto quanto controversa, incomum e estranha para os discípulos. “Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” Jo 11:3,4.
Esta resposta não soou muito bem aos ouvidos de Seus seguidores. Pareceu fria e indiferente por parte de quem se dizia tão amigo de Lázaro.
O modus operandi de Cristo não só causava espanto naqueles dias, como ainda hoje nos deixa atônitos face às intempéries da vida. Questionamos, reclamamos, lamentamos e, alguns, até praguejam por não virem uma resposta que corresponda às suas expectativas imediatas.
Como entender que Deus é glorificado por meio de uma doença ou morte? Como entender que Lázaro, sendo “amigo mais chegado que um irmão”, ressuscitaria para que Deus fosse glorificado?
É preciso parar para refletir. Ao analisarmos os milagres que Jesus realizou durante Seu ministério terreno, cada detalhe e cada palavra são relevantes.

1. O MILAGRE GLORIFICARIA DEUS.

Jesus sabia que Ele levantaria Lázaro da morte e que o povo glorificaria Deus quando eles vissem o milagre acontecer, pois só Deus pode levantar o morto.
Logo, ao chamar Lázaro de volta à vida, todos O glorificariam e entenderiam Sua deidade. O milagre, portanto, mostraria a dupla natureza de Cristo. Aquilo que nós, os teólogos, conhecemos como “união hipostática”.


E aí, tá ligado?! Volto daqui a pouco, se...JESUS NÃO VOLTAR!

O REI ESTÁ VOLTANDO!http://hammergm.blogspot.com/2012/11/se-tu-estivesses-aqui-parte-2.Pr Wellington Silva.

“SE TU ESTIVESSES AQUI...” PARTE 1


“SE TU ESTIVESSES AQUI...” PARTE 1


“Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” Jo 11:20,21.


A série que ora inicio retrata um dos momentos mais dramáticos da vida: a morte de um ente querido. Nossa capacidade para assimilar, resignadamente, perdas de um familiar, depende, sobretudo, da graça de Deus. O elemento sobrenatural, por sua vez, só tem sua aplicação à nossa vida quando entendemos os desígnios de Deus, exarados nas Sagradas Letras.
Isto posto, mergulhemos na história de Lázaro, Marta e Maria. Uma família que abria a porta de sua casa para hospedar Jesus, e ali realizar cultos domésticos.

O CENÁRIO GEOGRÁFICO

BETÂNIA
Uma palavra grega Béthania, de origem hebraica bét nîyyah contração de bét nanîyah e que significa a casa de Ananias.
1 1) - Era uma aldeia perto de Jerusalém, onde é hoje a moderna Azaryeh no sopé do lado Leste do Monte das Oliveiras, cerca de 3 Km da Jerusalém romana: - “Ora Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios” Jo 11:18.
Esta é a Jerusalém do Monte Sião, cerca de 6 Km da moderna cidade: - “Depois afastou-Se deles saiu da cidade e foi para Betânia, onde pernoitou” Mt.21:17.
- “Chegaram a Jerusalém, Jesus entrou no templo e, depois de ter examinado tudo quanto O rodeava, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze” Mc 11:11.
Betânia era onde viviam Lázaro e suas irmãs e onde tinham a sua casa : - “Estava então doente um certo homem, Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta” Jo 11:1.
“Externamente era como muitas outras; entretanto, para o Senhor Jesus era muito especial, porque ali moravam Marta, Maria e Lázaro, seus amigos.” http://www.aguasvivas.ws

SIGNIFICADO DE BETÂNIA POR EFEITO SEMÂNTICO

“Betânia significa “Casa de canção” e também “Casa de aflição”. Contraditório? Não, Betânia são ambas as coisas. Ali foram vividos momentos sublimes, como a experiência da ressurreição e a unção de Maria; e também de grande tristeza, como a morte do amigo, e a aversão conseguinte dos religiosos.
Diz-nos que hoje Betânia é uma aldeia arruinada e pobre chamada «el-Azariyeh», ou «Lazariyeh» (o povo de Lázaro).” www.aguasvivas.ws
Há umas divergências sobre o lugar de Betânia: - “Ao aproximar-se de Betfagé, de Betânia, junto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois dos Seus discípulos...” Lc 19:29.
- “Estando próximos de Jeruasalém, perto de Betfagé e de Betânia, junto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos Seus discípulos” Mc 11:1.
Lucas situa a Ascensão no caminho de Betânia: - “Depois, levou-os até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, separou-Se deles e elevava-Se ao Céu” Lc 24:50.
Todavia é mais provável que o cimo do Monte, onde construíram a Igreja da Ascensão, seja o lugar próprio da Ascensão.
2) João fala numa Betânia para lá do Jordão: - “Isto passou-se em Betânia, do outro lado do Jordão” Jo 1:28.
Não se trata aqui de Betânia vizinha de Jerusalém, mas duma povoação que ficava fora da Terra Santa, na margem oriental do Jordão.
Uma leitura diferente dos manuscritos fala em Betabara; mas também não é mencionada em parte alguma, e os críticos preferem este nome de Betânia.
As palavras de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, sepultado há quatro dias, mostra o quanto criam e dependiam de Jesus, “o Amigo mais chegado que um irmão”.
O sofrimento de ambas retratava – ironia do destino? – o significado de um dos nomes da pequena Aldeia onde moravam: BETÂNIA, CASA DA AFLIÇÃO. E a aflição gradativamente foi aumentando, face o agravamento do quadro clínico do irmão Lázaro.
'Afinal, onde é que Jesus está? Ele não é nosso amigo? Tantas vezes não O temos recebido em nossa casa? Será que justo nesta hora que mais precisamos Ele se esqueceu de nós e resolveu dar atenção a outras pessoas?'
Imagino que o drama das duas irmãs de Lázaro agravava-se ao ouvir os críticos, os céticos e os escarnecedores.
De repente, ouve-se um grito: ‘Lázaro morreu!’ Era o grito de quem queria expressar as seguintes palavras: ‘Tarde demais! Não adianta porque já não tem mais jeito’.
Entre as irmãs, os olhares de desespero e decepção. Palavras começam a ser trocadas entre si. ‘Não precisa vir mais nos amparar, pois, afinal, LÁZARO – cujo nome significa AMPARADO POR DEUS, já não precisa mais ser socorrido. Há “se tu estivesses aqui?!” Não estaríamos sofrendo e nem gemendo; não estaríamos chorando e nem lamentando. Agora “já cheira mal”!’
E por cheirar mal é que o PERFUME DA VIDA precisava entrar naquele cenário e transformar a atmosfera fúnebre, lúgubre e mal cheirosa. Em lugares onde impera o mal cheiro, é preciso uma intervenção eficaz que mude o ambiente. E onde o mal cheiro exala morte, somente o PERFUME DA VIDA – JESUS, pode erradicá-lo.
Por outro lado, se Ele houvesse chegado antes, Marta e Maria não O glorificariam pela ressurreição de Lázaro. Imagine a repercussão do caso de Lázaro? Nenhuma! Quem sabe alguém comentaria: ‘ouvi falar que Jesus entrou na casa de Lázaro e o curou de febre ou de uma infecção’. Quem se interessaria em atentar para algo pouco provável? A gravidade da morte é contraposta à grandiosidade do poder de Deus!
Os problemas da vida são, em si mesmos, momentos nos quais somos desafiados a clamar pela ação de Deus. Nos sentimos impotentes, incapazes e limitados para, por nós mesmos, equacionarmos problemas só contestados para Quem nada é impossível. Não foi sem razão que Marta e Maria pediram para que alguém fosse buscar o Mestre.
Observe que o título de Mestre, aplicado à pessoa de Jesus, indica que, para àquela família, todas as vezes que percalços e adversidades sobressaltavam suas vidas, Jesus apresentava-lhes soluções práticas.
Conhecê-LO como Mestre é fundamental para que aprendamos a lidar com o sinistro. Ele é Onisciente. Ele conhece passado, presente e futuro. Nada é novo sob o sol para Ele. Portanto, invocá-lo no dia da angústia é certeza de ser, no mínimo, consolado por sua augusta presença. Glória a Deus!
E aí, tá ligado?! Daqui a pouco estou de volta...

O REI ESTÁ VOLTANDO!

quinta-feira, novembro 15, 2012

"PORQUE PRECISAMOS DAS TRIBULAÇÕES ???


PORQUE PRECISAMOS DAS TRIBULAÇÕES ???


“Então o rei Nabucodonosor se ajoelhou diante de Daniel, e encostou o rosto no chão, e depois ordenou que fossem apresentados a Daniel sacrifícios e incenso. Ele disse a Daniel: – O Deus que vocês adoram é, de fato, o mais poderoso de todos os deuses e é o Senhor de todos os reis. Eu sei que é Ele quem explica mistérios, pois você me explicou este sonho misterioso. Em seguida, o rei colocou Daniel como alta autoridade do reino e lhe deu também muitos presentes de valor. Ele pôs Daniel como governador da província da Babilônia e o fez chefe de todos os sábios do país. A pedido de Daniel, o rei pôs Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como administradores da província da Babilônia; mas Daniel ficou na corte real”. (Daniel cap.2 vers.46,47,48,49).

Por que Deus permite sofrermos com tantas tribulações ???
Por que eu e você enfrentamos tantas adversidades e tantas dores ???.
Será que realmente existe uma resposta afirmativa para que possamos entender ???

Resposta nª1: Porque a tribulação pode ser considerada como uma espécie de disciplina imposta por Deus. Quando nós não estamos caminhando com Ele da maneira como deveríamos caminhar, Deus nos proporciona circunstâncias que foram projetadas para nos levar de volta a real presença dEle !!!

Resposta nª2: Sofremos simplesmente porque vivemos em um mundo cheio de pecados, sofrimentos, amarguras, e traições em geral !!!

Resposta nª3: Deus nos permite sofrer para beneficiar outros que estão ao nosso redor. A tribulação nos faz ter a certeza de que Deus está sempre pronto para nos ajudar !!!

No segundo ano do cativeiro de Daniel (603 a.C.), o rei Nabucodonosor teve um sonho. Ele não apenas queria alguém que pudesse interpretar seu sonho, como também exigia que tal indivíduo adivinhasse do que constava aquele sonho. Ninguém havia conseguido o feito até que Daniel e seus três amigos buscaram o Senhor em oração. Então, Daniel disse a Nabucodonosor o que ele havia visto: uma estátua de um homem com uma cabeça de ouro. A estátua significava, em poucas palavras, uma figura do futuro do mundo. Nabucodonosor representava a cabeça de ouro (O Império Babilônio).

Observe que no (vers.47) Daniel revela e explica o sonho, fazendo com que Nabucodonosor entende-se parte da abrangência do que aquilo indicava, tanto é que o próprio Nabucodonosor declarou: “- O Deus que vocês adoram é, de fato, o mais poderoso de todos os deuses e é o Senhor de todos os reis”. Mesmo assim, com o tempo, Nabucodonosor se esqueceu daquele fato, afinal o que ele queria era fazer uma estátua de ouro com aproximadamente 30 metros, e assim fazer com que todos os homens do reino se ajoelhassem diante dela e a adorassem.

Daniel tinha 3 amigos que se chamavam: Ananias, Misael e Azarias, nos quais nenhum deles aceitavam adorar a estátua de ouro daquele rei. Seus nomes babilônios eram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Isso fez com que estes 3 amigos de Daniel ficassem sob diversas acusações diante do rei.

Observe que em (Daniel cap.3 vers.14), Nabucodonosor perguntou aos três amigos de Daniel: “- É verdade que vocês não prestam culto ao meu deus, nem adoram a estátua de ouro que eu mandei fazer?”

Agora, observe que no (vers.15), Nabucodonosor diz á eles: “...vocês serão jogados na mesma hora numa fornalha acesa. E quem é o deus que os poderá salvar?. Observe que foi exatamente neste ponto em que Nabucodonosor considerou-se Deus a si mesmo.

Agora, observe nos (vers.16,17,18) qual foi a resposta que os 3 homens deram á Nabucodonosor: “- Ó rei, nós vamos nos defender. Pois, se o nosso Deus, a quem adoramos, quiser, Ele poderá nos salvar da fornalha e nos livrar do seu poder, ó rei. E mesmo que o nosso Deus não nos salve, o senhor pode ficar sabendo que não prestaremos culto ao seu deus, nem adoraremos a estátua de ouro que o senhor mandou fazer !!!”

Para você que está acompanhando mais esta matéria para mensagem e estudo bíblico, é preciso que você e seu ministério entendam uma coisa: “Quando Deus lhe traz problemas e dificuldades, nem sempre é porque você fez alguma coisa errada, ou por causa das circunstâncias normais envolvidas pelo fato de você viver em um mundo perdido que está amaldiçoado pelo pecado. Às vezes Deus quer dizer alguma coisa para àqueles que estão ao seu redor, e Ele quer usar você para transmitir a mensagem dEle !!!”

Observe que foi exatamente isso que Deus fez com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E olha que isso não foi uma experiência agradável para eles.

A situação estava tão agravante, que o próprio Deus entrou com uma espécie de “disputa” com o rei Nabucodonosor. O que Deus queria fazer era deixar bem claro qual era a extensão de Seu poder, soberania, bondade e graça.

Para você que está acompanhando mais esta matéria para mensagens e estudo bíblico, é preciso que você e seu ministério entendam uma coisa: “É bem possível que algumas coisas que você está enfrentando agora tenham menos a ver com você do que com as pessoas ao seu redor. A intenção dEle é fazer com que você cresça. Pois Deus pode ter escolhido você como um veículo para alcançar outras pessoas nas quais muitas delas você ainda nem conhece, mas que na verdade estarão esperando por você !!!”

Quando Deus lhe traz problemas e dificuldades, nem sempre é porque você fez alguma coisa errada, ou por causa das circunstâncias normais envolvidas em se viver num mundo perdido que está amaldiçoado pelo pecado !!!

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, tinham grande consideração e respeito por Deus, e isso permitia que Deus os usasse. Eles honraram a Palavra de Deus e os Seus caminhos, e também O respeitaram e O serviram. As pessoas do mundo podem considerar muitas outras grandes coisas que lhe são oferecidas, mas os crentes precisam considerar Deus como o grande Senhor de suas vidas.

Continuando: Observe que no (vers.19 á 21) ainda diz: “...Nabucodonosor ficou furioso com os três jovens e, vermelho de raiva, mandou que se esquentasse a fornalha sete vezes mais do que de costume. Depois, mandou que os seus soldados mais fortes amarrassem Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os jogassem na fornalha. Os três jovens se encontravam completamente vestidos com os seus mantos, capas, chapéus e todas as outras roupas, foram amarrados e jogados na fornalha”.

Agora, vejam que nos (vers.24,25), Nabucodonosor ficou impressionado quando viu que o verdadeiro Deus estava fazendo na frente dele: “De repente, Nabucodonosor se levantou e perguntou, muito espantado, aos seus conselheiros: – Não foram três os homens que amarramos e jogamos na fornalha? ... Como é, então, que estou vendo quatro homens andando soltos na fornalha? ... Eles estão passeando lá dentro sem sofrerem nada...” Vale lembrar que na verdade, o quarto homem no qual Nabucodonosor se referia, se tratava de um anjo enviado por Deus !!!

Agora, observe que no (vers.26), aquilo que Deus estava fazendo naquele momento representava uma prova tão real, que o próprio Nabucodonosor se aproximou da fornalha e gritou: “- Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saiam daí e venham para cá!”

Agora, vejam o que aconteceu depois: (vers.27), “Os três saíram da fornalha, e todas as autoridades que estavam ali chegaram perto deles e viram que o fogo não havia feito nenhum mal a eles..”

Servir a Deus não é algo que vem com a garantia de que sobreviveremos a todas as adversidades e sairemos ilesos. Significa que estamos à disposição dEle, e que Ele pode fazer conosco aquilo que desejar. No caso de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, Deus lhes deu libertação.

Nunca sabemos se o plano de Deus é trazer glória a Seu nome através de nosso martírio ou através de nossa libertação.

Eu e você somos servos do Deus vivo. Isso significa que somos instrumentos para sermos usados por Ele. Estamos à disposição dEle. E devemos pensar sobre nós mesmos, não como se fossemos uma jóia de valor inestimável, mas como verdadeiros instrumentos nos quais Deus pode utilizar para as obras que Ele quer realizar. Você não pode dar mais a Deus do que Ele a você. Deus nunca toma nada que Ele não substitua muitas vezes mais. Deus sempre retribui em dobro !!!

Os três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, saíram do meio do fogo totalmente ilesos, sem nenhum arranhão. O fogo não teve efeito algum sobre eles. Os cabelos deles não estavam queimados, suas roupas não estavam danificadas, e o cheiro do fogo não se apegou a eles. Deus havia escolhido protegê-los por intermédio de um anjo enviado por Ele, para que os 3 fossem totalmente protegidos, e á partir dali ficasse registrado a Sua verdadeira e gloriósa presença. Nabucodonosor precisava ver com seus próprios olhos que o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, era muito mais do que real e verdadeiro.

O mundo foi forçado a levar Deus em consideração por causa dos três jovens judeus que resolveram adorar apenas a Ele.

Observe que no (vers.29), depois que o rei Nabucodonosor provou o venêno da sua própria língua, ele mesmo disse: “Por isso, ordeno que qualquer pessoa, seja qual for a sua raça, nação ou língua, que insultar o nome do Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, seja cortada em pedaços e que a sua casa seja completamente arrasada. Pois não há outro Deus que possa salvar como este.”

Para você que continua acompanhando esta matéria de mensagem e estudo bíblico, entenda uma coisa: Às vezes, Deus deseja demonstrar Sua grandeza e poder, e Ele está buscando pessoas que estejam dispostas a caminhar com Ele pelo meio de fornalhas ardentes. Talvez você esteja nessa fornalha simplesmente agora, ou amanhã, ou daqui á alguns mêses, ou á daqui á um ano. Fornalhas são lugares amedrontadores, e você precisa se lembrar de que Deus é tão capaz de libertar você da fornalha quanto em meio a ela. A decisão é dEle. Para isso, você precisa ter fé !!!

Agora, para terminar esta matéria, vamos observar o (vers.30) diz que depois de tudo o que aconteceu: “... o rei Nabucodonosor colocou os três jovens em cargos ainda mais importantes na província da Babilônia”.

Essa experiência foi um dos três principais “eventos de Deus” na vida de Nabucodonosor que fizeram do primeiro rei dos tempos dos gentios um adorador de Javé.

Se você e eu sempre estivermos dispostos a colocar Deus em primeiro lugar, então aqueles que estão ao nosso redor também poderão vê-lO. Eles verão como eu e você confiamos nEle nos momentos de dificuldades. Deus vai fazer maravilhas e nossa vidas !!!

É extamente por isso que precisamos das tribulações. Porque são através delas que podemos ver o agir da proteção de Deus em nossas vidas, e isto também incluí o justo merecimento para a nossa Salvação.


QUE DEUS TE ABENÇOE...Leandro Borges
Leandro Borges
materiasparamensagens@gmail.com



"A CIÊNCIA DO TEMPO SOBRE AS VISÕES DE EZEQUIEL.



A CIÊNCIA DO TEMPO SOBRE AS VISÕES DE EZEQUIEL.


Pergunta: Qual é o significado da palavra Cronologia ???
Resposta: Significa a ciência das divisões do tempo e da determinação da ordem e sucessão dos acontecimentos !!!

“Olhei e vi uma tempestade que vinha do norte. Raios saíam de uma nuvem enorme. Em volta da nuvem, o céu estava em fogo, e no meio do fogo havia uma coisa que brilhava como bronze. No meio da tempestade, vi o que me pareciam quatro animais. A sua forma era de gente, porém cada um possuia quatro faces e mais 4 asas. As pernas dele eram retas e tinham seus cascos parecidos com os cascos de um touro e que também brilhavam como bronze polido. Além das quatro faces e também das quatro asas, cada uma possuia quatro mãos de gente, e cada mão se encontrava debaixo de cada asa. E aconteceu que duas asas de cada animal se encontravam abertas e com suas pontas tocando uma na outra. Após isso, estes quatro animais formavam um quadrado e andavam em grupo, sem precisar virar o corpo. Cada animal podia olhar para as quatro direções, e por isso o grupo ia aonde queria, sem precisar se virar. Entre os animais havia uma coisa que parecia uma tocha acesa que sempre se encontrava em movimento. O fogo da tocha aumentava, e com isso começaram a sair relâmpagos. E os animais corriam por todos os lados feito relâmpagos no ceú. Sobre o chão haviam quatro rodas, sendo uma roda do lado de cada animal. Porém todas as quatro rodas eram iguais, e todas brilhavam feito pedras preciosas. Dentro de cada roda havia uma outra roda que se encontrava atravessada, e assim, mesmo sem virar, as rodas podiam se movimentarem para qualquer direção. Todos os aros das rodas eram cobertos de olhos. Acima das cabeças dos animais havia uma coisa que parecia uma cobertura feita de cristal brilhante. Acima da cobertura havia uma coisa parecida com um trono feito de safira. Nele, estava sentado alguém que parecia ser um homem, e que brilhava como bronze no meio do fogo. Todo o seu corpo brilhava com o mesmo clarão de fogo. Na sua luz havia todas as cores do arco-íris nas nuvens. A luz brilhante mostrava a presença da glória do Senhor. (Ezequiel cap.1 vers.4,5,6,7,8,9,12,13,14,16,17,18,22,26,27,28).

“Cada animal possuia quatro faces diferentes: na frente tinha o rosto de um homem; do lado direito tinha o rosto de um leão; do lado esquerdo tinha um rosto de um boi, e atrás havia o rosto de uma águia. Todos os quatro animais possuiam asas, onde duas asas de cada animal se abriam para cima e tocavam as pontas das asas dos animais que estavam ao seu lado; e com as outras duas asas eles cobriam seus corpos.” (Ezequiel cap.1 vers.10,11).

Ezequiel era um sacerdote que morava exilado na Babilônia, onde também haviam vários outros judeus que haviam sido levados para lá como prisioneiros. Como sacerdote, Ezequiel tinha uma grande preocupação com o templo, com a presença de Deus, e também com a observância da Lei.

Um certo dia, Ezequiel teve uma visão do trono de Deus que se encontrava no meio de uma tempestade vinda da região Norte, onde raios saiam de uma enorme nuvem. Além dos raios que saiam daquela enorme nuvem, Ezequiel também viu o fogo se espalhando pelo céu em volta da enorme nuvem, onde no meio do fogo havia uma coisa que brilhava como bronze. Tanto sobre a nuvem como também sobre o fogo que estava ao redor da nuvem, Ezequiel conseguiu identificar algo que pareciam ser 4 animais “simbólicos” (4 seres vivos).

As visões que Ezequiel teve, podem nos apresentar um fantástico mundo espiritualmente sobrenatural, e às vezes, a intensidade das imagens podem sufocar a mensagem que o profeta quer transmitir. A correta leitura da Bíblia pede que não nos assustemos com a linguagem usada, mas procuremos ir ao cerne da palavra. No caso desta visão, não é difícil entender a mensagem de Ezequiel.

Ezequiel era de família sacerdotal filho de Buzi, o sacerdote. Ele mesmo foi sacerdote. Os sacerdotes iniciavam seu serviço no templo aos trinta anos. Mas, no ano em que Ezequiel fez trinta anos ele se encontrava no cativeiro babilônico, a cerca de 1.100 quilômetros distante do templo de Jerusalém. O profeta viveu entre os exilados, sua profecia foi formulada em meio às pessoas deportadas para as terras estranhas da Babilônia.

Ezequiel era um homem de amplos conhecimentos, não somente das tradições de sua nação, mas também de assuntos internacionais e históricos. Sua familiaridade com tópicos gerais de cultura, desde a construção de navios até a literatura, é igualmente espantosa. Era dotado de grande intelecto e tinha capacidade de compreender questões de amplo alcance. Seu estilo é impessoal, mas em alguns trechos é apaixonante e bastante transparente.

Na sua segunda vinda a Jerusalém que aconteceu entre 597-598 a.C., Nabucodonosor deportou para a Babilônia o rei Joaquim e a família real junto com outros dez mil membros da elite, e Ezequiel estava entre eles. Ele era contemporâneo do profeta Jeremias, porém, ele mais jovem. Enquanto Jeremias profetizava em Jerusalém, Ezequiel anunciava a Palavra do Senhor aos que estavam cativos na Babilônia, nas proximidades do rio Quebar. Ezequiel era casado, mas sua esposa morreu durante o cativeiro.

Se realizarmos alguns cálculos, se o profeta Ezequiel tinha 30 anos quando começou seu ministério, e se essa data corresponde ao quinto ano de exílio do rei Joaquim, então pode-se dizer que Ezequiel tinha por volta de vinte e seis anos quando foi levado sobre cativo. A última data registrada no livro acorrida em 26 de abril de 571 a.C., demonstra que o ministério de Ezequiel compreendeu pelo menos vinte e três anos. As circunstâncias de sua morte são desconhecidas. Pouco se sabe de sua vida antes do chamado para o ministério profético. Seu nome significa “Deus fortalece”, o que lembra sua obra de conforto e incentivo aos exilados.

Como Ezequiel contém mais datas que qualquer outro livro profético do Antigo Testamento, suas profecias podem ser datadas com considerável precisão. Doze das treze datas especificam ocasiões em que Ezequiel recebeu uma mensagem divina. A outra é a data da chegada do mensageiro que relatou a queda de Jerusalém.

Tendo recebido o chamado de Deus em julho de 593 a.C., Ezequiel continuou no exercício da vocação por 22 anos, sendo o último oráculo recebido em abril de 571 a.C.. Se o trigésimo ano citado no capítulo 1 e versículo 1 refere-se à idade de Ezequiel por ocasião do chamado, sua carreira profética excedeu em dois anos o período normal de serviço sacerdotal. Seu período de atividade coincide com o momento tenebroso de Jerusalém e antecede em 7 anos a sua destruição, em 586 a.C., continuando por mais 15 anos após essa data.

O livro de Ezequiel faz parte da subdivisão chamada de “Profetas Maiores”, incluídas no cânon hebraico logo após Isaías e Jeremias. A Bíblia em português adota a ordem da Septuaginta e coloca Ezequiel após Lamentações. Apesar do livro sempre ter feito parte do cânon hebraico, estudiosos judeus posteriores questionam seu valor pelas aparentes discrepâncias entre sua interpretação do ritual do templo e as prescrições da lei mosaica (Divergência no número e nos tipos de animais sacrificados na Festa da Lua Nova). Os rabinos finalmente restringiram o uso público e particular de Ezequiel.

Ezequiel viveu em tempos de reviravolta internacional. O Império Assírio, que tinha conquistado e destruído o Reino do Norte, Israel no período de 721-722 a.C., começou a ceder diante dos golpes da Babilônia ressurgente. No ano de 612 a.C., a grande cidade assíria de Nínive, foi conquistada por um exército aliado de babilônios. Três anos mais tarde, o faraó Neco II do Egito marchou para o norte a fim de ajudar os assírios e tentar restabelecer a influência que o Egito tinha desde a mais remota antiguidade sobre a Palestina e a Síria. Em Megido, o rei Josias, de Judá tentou impedir o avanço do exército egípcio, e foi totalmente derrotado onde acabou perdendo sua vida durante a batalha.

Judá passou a condição de vassalo do Egito. O faraó Neco empossou Jeoacaz, filho de Josias, como rei de Judá. Jeoacaz reinou apenas três meses e foi deposto por insubordinação. Depois disso, Neco instalou Eliaquim (nome real Jeoaquim), outro filho de Josias, como vassalo real em Jerusalém no ano de 609 a.C.. onde Jeoaquim reinou por onze anos. Segundo Jeremias, o reinado de Jeoaquim foi caracterizado pela idolatria, injustiça social, roubo, assassinato, extorsão, adultério, e rejeição a aliança do Senhor.

Judá continuou vassalo dos egípcios até a batalha de Carquemis no ano de 605 a.C., quando Nabucodonosor e os babilônios venceram Neco e seu exército. Judá e Jeoaquim passaram a pagar tributos à Babilônia. Contudo Jeoaquim tentou se rebelar e se livrar do jugo babilônico, quando Nabucodonosor foi incapaz de subjugar os egípcios do faraó Neco em outra batalha que ocorreu em 601 a.C.. A estratégia de Jeoaquim mostrou ser imprudente. Os babilônios devastaram Judá para punir a deslealdade do rei vassalo. Jeoaquim morreu no mesmo mês em que Nabucodonosor iniciou a expedição para puni-lo. Ele foi sucedido por seu filho Joaquim, que teve de enfrentar a fúria de Nabucodonosor. Depois de um breve cerco a Jerusalém, Joaquim foi levado para cativo juntamente com boa parte da população de Jerusalém, inclusive Ezequiel.

Nabucodonosor estabeleceu Zedequias, tio de Joaquim, como governante de Judá. Zedequias governou até a destruição de Jerusalém que ocorreu no ano de 586 a.C.. Embora Zedequias havia se tornado o último rei de Judá, Joaquim era considerado o último governante legítimo da linhagem de Davi.

A profecia de Ezequiel é marcada por visões e ações simbólicas, onde podemos observá-las logo nos primeiros capítulos. Neles predominam a visão vocacional e também algumas ações simbólicas. Numa delas o profeta come um rolo, em outra ele realiza simbolicamente o cerco de Jerusalém. Visões e ações simbólicas similares se repetem em passagens subseqüentes. Até mesmo a morte da mulher de Ezequiel transforma-se em um gesto simbólico. Enfim, a linguagem simbólica marca amplamente o estilo deste grande profeta.

A mensagem profética e estrutura literária de Ezequiel estão intimamente ligadas. A mensagem de três partes do livro é na verdade, uma teodicéia (defesa ou interpretação do julgamento de Deus a Judá e a destruição resultante), e ela corresponde às três dimensões ou fases do ministério de Ezequiel aos exilados. É importante sabermos que os (capítulos 1 a 24) antecedem a queda de Jerusalém, e são dirigidas à casa rebelde de Judá. O propósito da comissão divina de Ezequiel era trazer a nação de Israel advertências da parte de Deus, sobre o julgamento iminente, deixar bem claro a responsabilidade de cada geração pelos seus pecados e convidar aos que tivessem aquebrantamento de coração ao arrependimento, com o conselho: “Arrependam-se e vivam”.

Após a destruição de Jerusalém ocorrida em 587 a.C., Ezequiel voltou sua atenção às nações vizinhas de Israel que participaram do “dia da angústia de Jacó” e se alegraram com ele. Mas, a sua arrogância não contaria com a isenção do juízo divino, elas também foram advertidas de que Deus estava planejando visitá-las juntamente com a Sua íra e Sua vingança por seus delitos. Nesta fase do ministério de Ezequiel, estava implícito para Israel que o Senhor Deus realmente era justo em seu governo soberano das nações.

Os profetas do Antigo Testamento pressupõem e ensinam a soberania de Deus sobre toda a criação, sobre todos os povos e nações, bem sobre o desenvolvimento da história. Em nenhum outro livro da Bíblia a soberania e o controle de Deus são expressos de modo mais claro e abrangente do que no Livro de Ezequiel. Desde o primeiro capítulo, que relata com realismo a invasão avassaladora da presença de Deus no mundo de Ezequiel, até a última expressão da visão do profeta “O Senhor está aqui”, o livro faz soar a soberania de Deus.

A soberania absoluta de Deus também se evidencia em sua mobilidade. Ele não está limitado ao Templo em Jerusalém, pode abandonar o santuário em Jerusalém, para reagir contra o pecado do povo, como também por sua imensa graça e misericórdia visitar seus filhos no exílio da Babilônia. Deus tem liberdade para condenar e também para perdoar. Seus juízos severos contra Israel refletem em uma análise mais profunda a demonstração de sua graça. Deus é santo. O pecado é uma afronta a sua santidade e deve ser julgado. Israel é uma nação rebelde, porém o exílio tem o propósito de produzir uma nação purificada, um remanescente disposto a viver em obediência a Deus.

O exílio tinha acontecido, em parte, como resultado da culpa acumulada por gerações de israelitas que tinham se rebelado contra Deus e Sua lei. Mesmo que a culpa tenha sempre uma dimensão de um todo, ou seja, toda a nação, pode-se dizer que Ezequiel enfatizou as conseqüências individuais da desobediência e da transgressão.

As visões arrebatadoras de Ezequiel foram essências para a mensagem geral do livro por dois motivos:

1ª) As visões reforçavam a veracidade do conhecimento do profeta sobre o papel divino na queda de Judá e a destruição de Jerusalém. A ênfase escatológica predominante nas visões do profeta mostrou aos exilados que as promessas de Javé ainda eram válidas, os ossos secos poderiam ganhar vida e voltarem a se reunir.

2ª) As visões de Ezequiel foram meios não convencionais de transmitir o conhecimento de Deus aos exilados. Sua visão sobre as rodas presentes na carruagem de fogo, é especial por aparecer três vezes no texto, ao contrário do chamado de Ezequiel, do julgamento de Jerusalém, e da restauração de Israel.

Os detalhes desta visão estranha e complexa, com suas criaturas bizarras e seus dispositivos fantásticos, desafiam qualquer explicação. Todavia, a intenção básica da visão é inconfundível. O Deus de Ezequiel e dos hebreus vive e reina nos céus, majestoso em sua diversidade transcendente. Ele exerce controle absoluto sobre toda a criação, mesmo os israelitas cativos na Babilônia. O próprio Senhor está numa carruagem magnífica, possibilitando seu movimento e representando sua presença em qualquer direção. Além disso, seus olhos vêem tudo e por isso, ele certamente agirá a favor do seu povo no tempo certo.

Ezequiel foi feito profeta entre exilados. Ele foi o primeiro a profetizar fora da terra de Israel. Isto significa uma ruptura decisiva na história da profecia bíblica: alguém se apresentar como profeta longe da terra santa. E este justamente vem do grupo dos sacerdotes, aqueles que mais expressamente aproximavam e identificavam a ação de Javé em profecias com a terra da promessa. Costumavam celebrar as ações salvíficas de Deus apenas em relação a Israel. Havia tendência em restringir as ações de Javé ao tamanho dos limites de Israel. Os mais exaltados até mesmo tendiam a ligar a presença de Deus apenas ao templo, templo de Jerusalém. Este lugar era tido como morada de Javé. Quem quisesse prestar culto ao Senhor, deveria peregrinar até Sião. Ali estava como que sediada a divindade.

Outros profetas se preocuparam em grande parte com a idolatria de Israel, com degradação moral, com as intrigas e alianças com povos estrangeiros para se proteger, deixando de confiar no Senhor. Proclamam o juízo divino, mas também falam da restauração e redenção futura.

O vasto alcance da mensagem de Ezequiel tem semelhança com tudo isso, a grande diferença é que ele focaliza Israel de modo incomparável como povo santo. Israel, ao contaminar o culto que prestava ao Senhor Jeová, tornara-se impuro e contaminara o templo, a cidade, o pais inteiro. Diante dessa contaminação, Deus teria de retirar sua presença e castigar o povo com destruição.

Mas a fidelidade de Deus para com a aliança e seu desejo de salvar eram tão grandes, que Ele novamente lançaria um novo avivamento sobre o seu povo, sendo Ele compassivo com as suas ovelhas, purificando suas impurezas e os recolocando de volta ao lugar de onde nunca deveriam ter saído se tivessem se mantido fiel ao Senhor.

As revelações proféticas de Deus através de Ezequiel foram transmitidas aos hebreus oralmente e, ao que tudo indica registradas em data posterior, conforme comprovam expressões como “diga-lhes”, “conte uma parábola”, “pregue”, e muitas outras citações. A falta de ordem cronológica rígida da literatura pode ser evidencia da compilação dos oráculos por Ezequiel, já que é provável que se fosse outro a organizar, teria se preocupado com a seqüência exata do material, já que existem datas no texto que poderiam ser seguidas.

Nenhum outro livro profético contém tantas informações cronológicas como Ezequiel. O profeta era consciente da importância de sua mensagem para aquele momento histórico. A cronologia da segunda metade do primeiro milênio antes de Cristo incluindo o período de Ezequiel é conhecida através dos registros cronológicos da Bíblia e de outros documentos, em diversas línguas, provenientes do antigo Oriente Próximo. Observações astronômicas registrados por antigos escribas permitem relacionar os calendários antigo e moderno com um alto grau de confiabilidade. Ezequiel contém indicações de data em diversas passagens. Estas datas situam-se no período entre 593 a 573 a.C.

Ezequiel é o único livro profético inteiramente autobiográfico. Ele foi escrito na primeira pessoa a partir da perspectiva do próprio profeta. Se comparado com outros livros proféticos, Ezequiel apresenta um número maior de ações simbólicas. O profeta se identificava com sua mensagem: ele sofreu no próprio corpo as conseqüências de representar Deus diante do seu povo, e de representar a nação sob o julgamento de Deus.

QUE DEUS TE ABENÇOE... Leandro Borges
Leandro Borges
materiasparamensagens@gmail.com

"COMO VIVER UMA VIDA DE VERDADE.

Vida ocupada demais
“Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. Lucas 10:41-42.
Não é difícil assimilar por que Marta tinha tanta dificuldade de entender quem estava diante dela. No princípio de seu ministério, Jesus passou muitas vezes por sua casa e ela estava tão ocupada em agradá-lo, da maneira dela, que esqueceu qual era a missão principal do Mestre. Jesus veio para que tenhamos vida e vida com abundância. Portanto, morte não era um problema para Jesus, mesmo assim Marta estava morta o tempo todo.
Maria, ao contrário de Marta, sempre escolheu a “melhor parte”. Uma vida de comunhão com Jesus Cristo requer amor profundo e tempo dedicado à oração e meditação na palavra de Deus. Maria havia feito uma escolha sábia, ao passo que Marta, mesmo sendo repreendida não largou tudo e veio para perto do Senhor.
Quantas vezes você já ouviu alguém dizer:
“Não me leve a mal, mas estou ocupada demais para isso.”
“Não tenho tempo agora. Estou cansada demais. Talvez em outra ocasião!”
“Não tenho muita afinidade com leitura! É muito difícil de entender, gosto de ouvir os sermões, mas não gosto de ficar lendo, me dá sono!”
“Estou cansado demais, trabalho muito, e parece que acaba em nada. Preciso descansar, não tenho tempo agora, mas vou me programar melhor para outra ocasião.”
São expressões como estas que tornam um cristão não somente seco, vazio de significado, mas também o matam lentamente, pois sua alma enfraquece diante das lutas, e tudo que sabe fazer é reclamar, como Marta.
Não é atoa que encontramos pessoas dentro das igrejas totalmente em estado de decomposição espiritual. No caso de Marta, seu descuido lhe proporcionou grandes amarguras. Logo depois desta visita de Jesus, seu irmão morreu, e embora Lázaro estivesse morto há quatro dias, era Marta quem estava na realidade em decomposição, pois sua morte espiritual já “cheirava mau”.
“Será que tu não vês que estou ocupada demais?”
Uma característica de excesso de trabalho e ocupações é o triste sentimento de que você está só. A solidão só acontece com quem está demasiadamente ocupado para apreciar a companhia de um amigo como Jesus. Qual foi a última vez que você largou tudo e foi visitar uma pessoa?
É triste notar que as ocupações da vida só nos distanciam das pessoas. Estas ocupações de hoje são saturadas de distrações constantes e na ânsia de substituir os amigos verdadeiros por algo mais “impessoal”, opta-se por utilizar o serviço das redes sociais.
O Facebook, Twitter, Linked In, Orkut, MSN, entre outros, e são muitos, estão ai para escravizá-lo através do consolo de que pelo menos eu dei um “curtir” na foto deles. O que mais se necessita hoje é um abraço de verdade, um aperto de mão firme, com os olhos nos olhos dos seus amigos, pois só assim sabemos suas necessidades e poderemos ajudá-los, e sermos assistidos nas nossas necessidades reais. Logo, viver em contato com as pessoas significa viver de verdade.
Não é bom que o homem esteja só!
O egoísta não percebe que ele é a única pessoa que não merece sua própria atenção. Comece a pensar nos outros, se ocupar de ajudar, ouvir, consolar alguém que você logo perceberá que sua companhia é necessária e faz bem aos outros. Você verá que as pessoas querem estar ao seu lado, que todos têm admiração e apreciação por você como você nunca havia percebido.
Deus demonstra no princípio da criação que “não é bom que o homem esteja só” Gn 2:18. E logo providenciou-lhe uma companhia. Você pode até murmurar: mas foi ai que o mau entrou na história. Sim, foi, mas não por causa da companhia agradável que o SENHOR lhe proveu, e sim pelo seu egoísmo é que o homem permitiu ao Diabo plantar em seu coração e no da sua companheira o desejo de grandeza, inveja e cobiça.
O homem é responsável por tudo que Deus entregou em suas mãos, e Adão não cuidou de Eva a ponto de protege-la do mau. Ao contrário do propósito divino, Adão a deixou só.
Embora manter um relacionamento saudável com seus irmãos também irá requerer um pouco do seu tempo, o resultado desta “ocupação nobre” é uma sensação de felicidade, liberdade e poder, que redundam em paz e alegria interior. Isto é ter vida e vida com abundância. Logo viver de verdade é viver em comunhão social.
“Será que poderias dizer a Maria para me ajudar?”
Mas a boa notícia é exatamente esta, você não precisa ficar ocupado demais, preso demais, trabalhando demais. O Salvador está na casa de Marta, mas ela está muito ocupada para entender a dimensão do que está acontecendo.
Ao sentir-se oprimida pelos afazeres excessivos, Marta toma sobre si as responsabilidades dela e as de Maria para parecer que está sendo vitimizada por Maria, mas na verdade Marta é vitima de sua própria índole. Ela queria a atenção que nem ela mesma havia dado a Jesus. O solitário sempre requer atenção para si, mas não dá atenção a ninguém.
“Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria.” Provérbios 18:1
Os maiores empresários de sucesso no mundo todo pregam por todos os cantos que todo o seu sucesso está justamente onde Marta falhou. O segredo é estar presente, e isso corresponde a 90% do que é necessário para se ter sucesso. No incidente do Eden, desde o princípio, Deus visitava Adão diariamente. Deus tinha comunhão com o homem. Mas a primeira repreensão bíblica não foi pelo pecado, e sim por estar ausente quando Deus o buscou no local de encontro costumeiro. “Adão, onde tu estás?”
Gênesis 3:9.
Logo, viver de verdade é estar presente onde o Mestre está, no ponto de encontro.
Desocupe-se!
A melhor maneira de achar tempo é procurando. Todos temos 24 horas por dia, e tudo precisa ser feito em um determinado tempo. Separe tempo e ponha um limite de tempo para dedicar a cada uma de suas atividades. Faça o propósito de cumprir esse tempo. Determine um prazo para tudo e se detenha a este prazo. Acabou o tempo de fazer algo, pare de fazê-lo. Volte no próximo dia dentro do tempo que você determinou. Isso não somente melhora sua qualidade de vida, mas você perceberá que ficará mais produtivo.
Tire tempo para Deus na sua vida, para a sua Palavra, e para o culto. Desocupe-se das agitações da vida. Creia que o Senhor que provê tudo, não esqueceu de você. Continue seus trabalhos, mas ponha um limite ao horário de trabalhar, à quantidade de trabalhos, e aos valores que você quer acumular.
Separar tempo para Deus é essencial à vida. Logo, viver de verdade é ter tempo para Deus.
Reduza suas necessidades
As pessoas têm contas demais, débitos demais, compras demais, casas demais, agendas demais, obrigações demais, e não têm nenhum tempo para viver, por isso se vivem, vivem tudo de menos, mesmo que busquem tudo demais.
Está na hora de mudar, a libertação começa dentro de você. Comece agora mesmo a reavaliar seus trabalhos, suas responsabilidades, talvez seja a hora de dividir suas tarefas com alguém, ter paciência e esperar um pouco mais, baixar um pouco desta sobrecarga que está sobre seus ombros, pois, embora você ainda não percebeu, o Mestre está na casa.
Será mesmo que você precisa de tudo que acredita que precisa? Será que seu carro não pode esperar um pouco mais, a casa que você mora não está de bom tamanho? Será que este trabalho é mesmo insuficiente? Será que um “part time” irá mesmo ajudar no seu orçamento? E se você diminuir o orçamento, ao invés de aumentar o trabalho? E sua saúde, e o tempo com a família? E o seu marido? Esposa? Amigos? E você?
É necessário reavaliar seus desejos, ambições e projetos de vida. Viver não é apenas passar pela vida. É necessário que se viva a vida que se vive com muita vida. Logo, viver de verdade é viver a vida com toda a vida que a vida é, do tamanho da própria vida.
Toda Visita é Boa em Tempos de Alegria
Jesus sempre que passava em Betânia visitava a casa de Marta, Maria e Lázaro, mas de acordo com a narração de Lucas, esta tinha sido a última visita alegre de Jesus à casa de Marta, e mesmo diante da repreensão Marta não se desligou das coisas da vida.
É impressionante a quantidade de mensagens de despertamento que se tem ouvido desde que a igreja existe, mas parece que as pessoas não conseguem se desligar de suas rotinas e modo de viver amargo, cheio de preocupações e desgostos. Marta poderia ter parado e dado ouvidos ao Senhor, talvez compreenderia mais sobre seu ministério, sobre a “tão grande salvação“, citada pelo autor da Carta aos Hebreus.
A próxima visita de Jesus à casa de Marta não foi nada agradável, pelo menos a princípio. Mesmo que Ele trouxe consigo a ressurreição de Lázaro, sua visita foi em uma hora de lamento e dor. Como seria que Marta teria tratado Jesus naquele dia se ela imaginasse que da próxima vez que o visse seria em um momento tão dolorido e desesperador?
O modelo de Marta é o padrão dos ímpios, que não têm esperança. Quando Jesus chegou, Marta ao invés de chorar aos seus pés, esbravejou com insolência:
“Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus te concederá.Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.” João 11:21-27
Nesta conversa, Marta além de não ser nada amistosa, não respondeu a pergunta de Jesus: “Crês tu isto?”
Ela não acreditava que àquela altura Jesus fosse capaz de fazer algo e virou-lhe as costas.
É necessário prestar atenção às palavras do Senhor e procurar nelas as “fontes da vida”.
“Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima.” Apocalipse 7:17
Logo viver de verdade é encontrar na palavra de Deus as fontes das águas da vida e nela depositar toda a nossa fé e esperança.
O Mestre está na casa
Isto nos chama a atenção para as oportunidades que desperdiçamos de devotar mais tempo e mais atenção ao nosso Deus. Sua visita em nossa casa hoje pode está encontrando calmaria, paz, alegria ou, na pior das hipóteses, lástimas, turbulências, dificuldades, etc. Mas uma coisa é certa, na falta ou na abundância, não se pode desprezar o fato de que o Mestre está na casa.
Quando o Mestre está na casa, a fome perde seu poder, a pobreza deixa de existir, os males se afastam, os espíritos imundos se vão, as enfermidades são curadas, os cegos enxergam, os coxos andam, o faminto é alimentado, o morto ressuscita.
Quando Jesus está na casa devemos olhar para Ele e dedicar a nossa vida para Ele, pois Ele é a ressurreição e a vida. E viver, é viver para Ele, para que Ele viva em nós.
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2:20
Logo viver de verdade é ter Cristo vivendo dentro de nós.
Lançou-se aos seus pés!
Ao contrário de Marta, Maria ao vir ao encontro do Mestre, veio com um coração quebrantado, abatido e contrito. Seu choro sincero e de toda a multidão comoveu o coração de Jesus. Quando Marta encontrou Jesus falou de longe e cheia de dúvidas, ao passo que Maria, lançou-se aos seus pés. Sua atitude de adoração e demonstração de submissão à sua vontade, sem questioná-lo, apenas salientando sua confiança de que em sua presença Lázaro jamais teria morrido. Maria então se atira aos seus pés, na esperança de que Ele se compadeça dela, na sua dor, espera pela ação do Senhor, o qual é a ressurreição e a vida.
“Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele. (Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.) Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali. Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.” João 11:29-33.
Maria é um exemplo de entrega total à vontade e poder de Deus.
Logo viver de verdade é entregar-se por completo à vontade de Deus e esperar nele confiantemente.
Conclusão
As ocupações da vida e as preocupações diárias podem nos tirar o foco e nossa atenção para as coisas de Deus ao ponto de nos ensurdecer e nos tornar insensíveis à importância de uma vida de comunhão íntima com Deus. No caso de Marta, ela não percebeu a tolice que estava fazendo, optando por cuidar do temporal, quando aquele que é eterno estava assentado no sofá de sua sala.
Maria, por sua vez percebendo esta oportunidade dedicou-se e devotou-se a dar atenção ao Mestre, o qual amava e o adorava como o verdadeiro Filho de Deus. Isto não somente foi suficiente para que ela fosse nutrida e preparada para os infortúnios que se seguiriam, mas para também exaltá-la em momento oportuno.
Deus sempre tem algo de maravilhoso para repartir conosco, e uma das coisas que Ele se alegra em fazer é repartir da sua gloria com os seus filhos.
“E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. João 14:3”
“Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um:” João 17:22
Maria recebeu glória por dar a Ele a atenção devida e o conforto que suas palavras lhe proporcionaram, ao passo em que Marta, continuou desnutrida e amuada, não parou nem mesmo diante da repreensão do Mestre.
Que possamos ter sempre em mente que nossas oportunidades de maior comunhão e maior expressão do nosso amor ao Senhor não podem ser ignoradas, nem tampouco negligenciadas. Mesmo nos momentos mais difíceis da vida ou nas bonanças, é bom estar de ouvidos e coração bem abertos às palavras de Jesus.
“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida. João 6:63”.
Portanto, viver de verdade só é possível pela Palavra de Deus, aos pés de Cristo.
Para se viver de verdade precisamos:
viver em contato com as pessoas;
viver em comunhão em grupo;
é estar presente onde o Mestre está.
é ter tempo para Deus.
é viver a vida com toda a vida que a vida é, do tamanho da própria vida.
é encontrar na palavra de Deus as fontes das águas da vida e nela depositar toda a nossa fé e esperança.
é ter Cristo vivendo dentro de nós.
é entregar-se por completo à vontade de Deus e esperar nele confiantemente.
Agora que você sabe o que é viver de verdade, venha para vida, venha para Jesus!