domingo, março 09, 2014

"QUANDO O TESTEMUNHO DA MULHER CORROBORA SUA CHAMADA..


“TODA mulher sábia edifica a sua casa;
mas a tola a derruba com as próprias mãos” Pv 14:1.

É fato que a presença de mulheres atuando na Igreja e no Ministério da palavra tem contribuído para a expansão do Evangelho de Cristo.
Não se pode negar que Deus chama a quem Ele quer, para aquilo que Ele deseja. E, na falta de homens que disponham-se a fazer o que deveriam, a inserção de mulheres no contexto do ministério, ao meu ver, é muito mais uma ação do Espírito Santo do que uma decisão puramente humana.
Impedir, portanto, a obra promovida pelo Espírito de Deus é um erro calculado, cujos prejuízos para o Reino de Deus se verificarão com o passar dos tempos.
A preocupação quanto à posição que as mulheres venham a ocupar ou ocupam na Igreja, não se justifica quando o testemunho desta ou daquela fala mais alto que suas próprias palavras. “Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa” Rt 3:11.
O mesmo critério que se utiliza para ordenação dos homens ao ministério deve ser aplicado às mulheres, antes que exerçam qualquer atividade no Corpo de Cristo. “ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? ); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo” 1 Tm 3:1-7. Predicados e princípios para o ministério são aqui traçados pelo apóstolo Paulo para que Deus seja glorificado e o diabo envergonhado.
Aquelas que se sentem vocacionadas, devem se submeter às orientações bíblicas, respeitando a liderança. Cada denominação tem seus princípios e valores. Conquanto que os princípios bíblicos não sejam violados ou ignorados, acredito ser de grande valia o trabalho das mulheres na Igreja. Se “ordenadas” ou não, o importante é que preencham os requisitos estabelecidos pela Palavra de Deus.
Temos um grande exemplo da filha do maior Evangelista de todos os tempos, Billy Graham, que vale citarmos.
“Não somente as denominações e igrejas locais têm levado adiante a causa de mulheres no clero, mas figuras religiosas notáveis têm feito sua parte para popularizar também esta tendência. Anne Graham Lotz, filha do evangelista Billy Graham, é agora uma das mulheres pregadoras mais populares no mundo. Lotz recentemente disse em um programa de notícias de televisão que seus pais costumavam desaprovar seu ministério até eles ouvirem a sua pregação. "Eles viram que minha casa estava limpa, meus filhos eram bem comportados, meu marido estava feliz e muito apoiador," ela disse, "E eles apenas voltaram atrás e puderam ver que Deus havia me chamado" (grifo meu).
Veja que suas palavras são reveladoras. Seus pais aquiesceram à sua chamada quando viram: “minha casa estava limpa, meus filhos eram bem comportados, meu marido estava feliz e muito apoiador”.
Consideremos esses três pontos na vida da irmã Anne Grahan Lotz.
PRIMEIRO, “minha casa estava limpa”. Sem dúvida alguma compete à mulher a administração do lar. Seja ela mesma cumprindo sua nobre missão ou supervisionado o trabalho que alguém contratado Esteja fazendo. O importante é que a casa esteja bem administrada, trazendo alegria e harmonia no lar.
Hoje em dia a maioria das mulheres trabalham fora de casa para ajudar no orçamento familiar. O que não impede as mulheres de supervisionarem o trabalho que está sendo feito por outra pessoa, tal como: a educação dos filhos, a alimentação, limpeza da casa etc. Quando o orçamento é limitado, não permitindo a contratação de uma pessoa, o casal deve se organizar para que o lar não seja afetado e venha a ruir, desabar.
O testemunho da irmã Anne Graham deve ser observado por todas as mulheres que militam na obra de Deus. Nenhuma atividade espiritual, por mais importante que seja, justifica o abandono do lar. O desleixo é injustificável para quem se diz pregadora da verdade. A mensagem precisa ser corroborada por nossas ações e caráter.
SEGUNDO, “meus filhos eram bem comportados”. Na arte de educar os filhos, o papel da mulher é fundamental, haja vista, a figura materna ser a mais solicitada desde os primeiros minutos de vida. A mãe cuidadosa saberá conduzir os filhos, com a ajuda do marido (o marido não pode se eximir de sua responsabilidade paterna), para que seus filhos sejam uma bênção no lar, na sociedade e na Igreja.
As consequências dramáticas de quem, “em nome de sua vocação”, renega suas responsabilidades familiares, têm sido vistas e notificadas em todas as partes do planeta. Filhos criados à revelia, crescem sem qualquer estrutura familiar e instrução bíblica. O resultado disso são lares arruinados, destruídos, esfacelados e escandalizados.
É triste sabermos que há mulheres atuando no ministério, cuja vida familiar é um desastre e cuja conduta é repreensível.
Mulheres que receberam “imposição de mãos”, de gente tão inconsequente e irresponsável quanto a quem isso aceita, saem fazendo um estrago por aí. Além de não se SUBMETEREM à autoridade pastoral, são arrogantes, intransigentes e problemáticas.
A filha de Billy Graham é um exemplo a ser seguido. Seus filhos têm recebido uma boa educação e influência espiritual que contribuirão para o resto de suas vidas. Um legado de amor, afeto, carinho e apreço está sendo transmitido à segunda geração. Legado este, portanto, que influenciará gerações futuras.
É bom que se destaque que “filhos comportados” não é sinônimo de “filhos santarrões”, “anjinhos”, “mentecaptos” etc. O bom comportamento tem a ver com a boa educação, sem que a personalidade de cada um seja anulada. Filhos de pastores também são SERES HUMANOS. Um falha, um erro, um tropeço ou qualquer coisa que saia do eixo, não desqualifica os pais em sua missão e nem descarta os filhos dos planos de Deus. É preciso ter sabedoria e discernimento quanto ao que ocorre em nossa trajetória na terra.
TERCEIRO, “meu marido estava feliz e muito apoiador”. A irmã Anne, dentre outras coisas, está falando de seu papel como mulher. Sua missão - suprir seu marido em todas as suas necessidades psicossocial e biológica -, não está comprometida por causa de sua chamada ou vocação.
Cuidado! Cuidado! As mulheres que militam na obra de Deus precisam entender que seu lar não pode ficar “vulnerável” aos ardis e ataques de Satanás. “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é como podridão nos seus ossos” Pv 12:4.
Uma vez que a mulher satisfaz seu marido, não faltará apoio deste para que ela desempenhe suas atividades. “Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis. O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo. Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida” Pv 31:10-12.
Observe que Salomão fala do marido que respeita sua mulher com as seguintes palavras: “O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo.”
O marido cujo coração confia na esposa que tem, é recíproco e não precisa de “despojo”. Claro está que o marido lúcido não “pula o muro” para suprir o que lhe falta. Sua esposa o satisfaz plenamente.
Infelizmente, há maridos exploradores, espancadores e abusados, os quais tratam a esposa como se fosse uma cadela. Nem mesmo as cadelas merecem maus tratos. Estes devem se converter de seus maus caminhos para não acabarem na prisão. Precisam ser denunciados os que tais coisas praticam. Não tem essa de que vai causar escândalo. É melhor colocar o “animal” na prisão, do que deixá-lo solto, promovendo atrocidades.
Nenhuma mulher merece maus tratos, desrespeito e abusos de quem quer que seja. A máxima “quando um não quer, dois não brigam”, deve ser observada constantemente. O marido que ama a sua esposa e sua família, observa as seguintes palavras “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia”. Quando o marido não sabe governar, seus filhos fazem o que bem entendem, e sua casa vira uma porta de acesso para o inferno.
Não pode haver negligência nem do homem e nem da mulher no suprimento mútuo das emoções e relacionamento sexual. “Eis que és formosa, ó meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas. Eis que és formoso, ó amado meu, e também amável; o nosso leito é verde.” Ct 1:15,16. O sexo é uma bênção no casamento. Uma vez que o casal – MACHO E FÊMEA - se une pelos laços do matrimônio, não pode haver desculpas esfarrapadas para que um supra as necessidades do outro.
O relacionamento sexual só deve ser interrompido quando há mútuo consentimento, para um período de jejum e oração ou em casos como: viagens, doença ou coisas semelhantes. “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência” 1 Co 7:3-5.
A irmã Anne provou para seus pais que sua vocação não comprometia sua missão como mãe, esposa e mulher. Um lar feliz depende, intrinsicamente, de uma mulher sábia. “TODA mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos” Pv 14:1. Neste texto está implícita a influência espiritual da mulher no lar.
É imperioso que a mulher busque ao Senhor, consagre sua vida, dedique parte do seu tempo para ouvir a voz de Deus. Sob a influência do Espírito Santo e da inerrante palavra de Deus, sua missão torna-se mais nobre e muito mais fácil de ser cumprida.
Um exemplo de boa influência de uma mulher sobre uma nação inteira é o que encontramos na seguinte passagem: “Ide, consultai ao Senhor por mim, e pelos que restam em Israel e em Judá, sobre as palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós; porquanto nossos pais não guardaram a palavra do Senhor, para fazerem conforme a tudo quanto está escrito neste livro. Então Hilquias, e os enviados do rei, foram ter com a profetiza Hulda, mulher de Salum, filho de Tocate, filho de Harás, guarda das vestimentas (e habitava ela em Jerusalém na segunda parte); e falaram-lhe a esse respeito. E ela lhes disse: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar, e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá. Porque me deixaram, e queimaram incenso perante outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos; portanto o meu furor se derramou sobre este lugar, e não se apagará. Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar ao Senhor, assim lhe direis: Assim diz o Senhor Deus de Israel, quanto às palavras que ouviste: Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este lugar, e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o Senhor. Eis que te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes. E tornaram com esta resposta ao rei” 2 Cr 34:21-28. (grifo meu).
Hulda, a profetiza, soube aproveitar bem a oportunidade que recebeu para influenciar sua geração. Por outro lado, o bom rei Josias sabia a quem recorrer, pois, certamente, o testemunho da profetiza Hulda corria por todos os lados. Observe que o texto ressalta de quem ela era esposa: “...foram ter com a profetiza Hulda, mulher de Salum”. Certamente que esta referência foi sine qua non, preponderante, quanto ao reconhecimento de sua vocação. Uma mulher submissa ao seu marido.
A mulher que recebe de Deus uma missão, precisa ser sóbria, madura, equilibrada e prudente para não perder o poder de sua influência espiritual e nem deixar “subir pra cabeça” os aplausos que venha receber. Somente Cristo é digno de toda glória e honra.
Que mais “Huldas” e “Annes” surjam na reta final da Igreja de Cristo na terra. Só quem ganha é a Igreja.