segunda-feira, dezembro 26, 2011

AS PROVISÕES DA NOVA ALIANÇA.

AS PROVISÕES DA NOVA ALIANÇA.



“Os obstaculos que aparecem a sua frente sejam um motivo para te fazer pular ainda mais alto! Toda honra e Gloria seja dada ao nosso Deus”.

(Rev. Mário de Oliveira – Presidente Nacional da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil).





“Fracasso se define por falhar, insucesso, mal resultado. Um mal resultado não pode determinar toda sua história! Quando você pensar que não tem mais saída, você será surpreendido pela visita do Todo-Poderoso que mudará o fracasso em dupla honra”.

(Pr. Carlos Cezar – Deputado Estadual e Pastor títular na Igreja do Evangelho Quadrangular)



“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei”. (Hebreus cap.8 vers.10,11,12).



As diversas linhas de pensamento traçadas pelo autor da Epístola encontram seu foco na gloriosa verdade da nova aliança. As provisões desta são apresentadas, primeiro, como empreendimento do Mediador em (Hebreus cap.8 vers.10,11,12); e, depois, são comentados os benefícios advindos dela ao povo de Deus em (Hebreus cap.10 vers.15,16,17,18), que diz o seguinte: “E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo; porquanto, após ter dito: Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei, acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre. Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado”.



O que o Mediador realizou é apresentado como preparação para um estudo da oblação perfeita de Jesus, apresentada sob o simbolismo do Dia da Expiação. Este era o exercício sacerdotal supremo sob a dispensação levítica e símbolo do que foi realmente feito ao achegarmo-nos a Deus.



O pastor e escritor sul-africano, Andrew Murray (09/05/1828 á 18/01/1917), traz um esboço do texto de (Hebreus cap.8 vers.10,11,12) que dispõe divididos em 3 partes: (1) a bênção central da aliança; (2) a bênção suprema da aliança, e (3) a bênção inicial da aliança. Este esboço acompanha a disposição escriturística e ilustra também o método geral de apresentação da verdade.



Nosso Senhor, na conversa que teve com Nicodemos, apresentou a necessidade do novo nascimento e, depois, da Sua própria morte como meio de torná-lo possível. E o apóstolo Pedro falou primeiro sobre as bênçãos do Pentecostes e, depois, sobre a maneira como esta graça é obtida. O apóstolo Paulo seguiu a mesma ordem em seu discurso em Antioquia da Pisídia. Esta ordem tem o endosso das Escrituras e da razão, pois os homens têm sempre de convencer-se das bênçãos, antes que empreendam esforços sinceros para consegui-las.



Devemos agora voltar nossa atenção para a divisão do esboço supramencionado, de maneira mais particular.



1) A BÊNÇÃO CENTRAL DA ALIANÇA: A Lei de Deus, escrita no coração e na mente dos homens, forma a ideia central da aliança. Na primeira, a Lei era imposta; ela falhou porque não havia disposição de coração para obediência. A Lei era boa, mas o coração não estava voltado para ela. Pela nova aliança, Deus transforma a Lei externa em vida interior e, mediante o dom do Espírito Santo, de tal maneira purifica e renova o coração do homem que, do seu íntimo este cumpre a vontade de Deus. Além disso, o fato da Lei ser gravada na mente humana sugere uma tal comunicação da verdade divina, que possibilita ao homem aliançado não apenas amar o Senhor com todas as suas forças, mas também interpretar e expressar, com inteligência, esse amor por um viver santo.



Uma vez que a característica vital da nova aliança é vida espiritual no ser interior do homem, o coração deste se abre para Deus e entende o que é agradável ao Senhor. Isto o leva imediatamente ao conhecimento pessoal de Deus. E conhecê-lo contribui para o homem amar Aquele que é o próprio Amor. O amor que o Espírito Santo derrama no coração purificado pelo sangue de Jesus torna-se a energia que é a fonte de alegre obediência à Lei de Deus. O amor torna-se, assim, o cumprimento da Lei e, de modo algum, rebaixa o padrão divino ou enfraquece a lei moral.



2) A BÊNÇÃO SUPREMA DA ALIANÇA: A benção suprema da nova aliança é a comunhão pessoal com Deus. Ele se torna o objeto supremo da afeição do Seu povo, o qual recebe a certeza interior de pertencer inteiramente a Deus. Essa gloriosa comunhão é realizada por meio da Lei gravada na mente e no coração do povo de Deus. Visto, porém, que a mente carnal não está sujeita à Lei de Deus, o coração deve ser purificado antes que seja perfeitamente harmonizado com a vontade de Deus. Afinal, só os puros de coração veem a Deus, e sem a santidade ninguém verá o Senhor. Observe que em (Hebreus cap.12 vers.14) diz: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.



Esse fato de ter o coração purificado de todo pecado e a Lei de Deus nele gravada é uma experiência consciente, pessoal, operada na alma pelo Espírito Santo. Mas o nosso descanso não é na experiência; repousamos em Deus, a quem a experiência da pureza de coração nos possibilitou ver e com quem o Espírito da santidade nos leva a uma comunhão consciente. Deste modo, o coração purificado e renovado se torna a “sala de audiências” de Deus, o único a quem adoramos e servimos.



3) A BÊNÇÃO INICIAL DA ALIANÇA: Visto que a misericórdia é o motivo não só da remissão dos pecados, mas da Lei de Deus escrita no coração e da consequente comunhão com Ele, é a primeira bênção da aliança, seguindo-se-lhe as bênçãos centrais e supremas. Se a remissão dos pecados parecer ser um mero aditamento nestas duas apresentações da nova aliança, deve-se ter em mente que Israel foi redimido da culpa do pecado pelo sangue do cordeiro pascal aspergido sobre as ombreiras das portas, sendo conduzido liberto da servidão pela mão forte e pelo braço estendido de Deus.



A Epístola aos Hebreus, não aborda a Páscoa, apenas a aspersão do sangue sobre o altar e o concerto do Sinai. O propósito é revelar o verdadeiro Cordeiro pascal e o Dia da Expiação.



No Antigo Testamento, houve casos em que se demonstrou misericórdia sem exigir a punição legal pelo pecado, como Abner e a Absalão. Contudo, em ambos os casos, os resultados foram desastrosos. Sob a nova aliança, porém, Cristo mesmo tornou-se a nossa Propiciação, de sorte que Deus pode ser, ao mesmo tempo, Justo e o Justificador daqueles que creem em Jesus. Observe que em (Romanos cap.3 vers.24,25,26) diz: “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.



CONCLUSÃO FINAL DESTA MATÉRIA DE MENSAGEM E ESTUDO: Existe também um sentido mais objetivo em que (Hebreus cap.8) pode ser interpretado. No Antigo Testamento,a revelação não foi completa, mas Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras, conforme podemos observar em (Hebreus cap.1 vers.1,2) no qual diz o seguinte: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo”. Assim, as palavras dos profetas, de Moisés em diante, deviam ser transmitidas a grupos cada vez maiores. E ainda, a Lei de Moisés, sendo dada em preceitos e mandamentos, exigia interpretação, levando à formação dos escribas, que se dedicavam a esta tarefa. Em Jesus Cristo, contudo, a revelação tornou-se completa. E, mediante o Espírito Santo concedido no Pentecostes, a Palavra de Deus foi rapidamente anunciada e difundida. Mas esta, transmitida oralmente durante algum tempo, logo se fixou em um cânone de Escrituras, inspiradas pelo Espírito Santo.



A nossa Bíblia, pois, é a um tempo a Palavra de Deus e um registro dessa Palavra, e por isso tão-somente é que se torna o fundamento de nossa fé e prática. Por esta Palavra apenas, que não é de interpretação particular, podemos até julgar os que se levantam par pregar. Neste sentido, então, podemos dizer que, desde o menor até o maior, desde as crianças até os teólogos e intérpretes, a Palavra de Deus, em Sua capacidade de salvar, é acessível a todos.

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